quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vale a pena ler de novo

Estava relendo uns antigos posts meus, e esse perfil que esccrevi vale muito a pena conferir. Pessoas inusitadas e diferentes, precisam ter suas histórias contadas.
Segue uma muito legal, que tive o imenso prazer de contar.

O link:

http://tatidolores.blogspot.com/2009/03/abraao-foi-pequeno-para-ele-tatiane.html

Tatiane.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Olha o rolo que dá...

Certos fatos reafirmam e nos mostram o poder que tem a informação, para ser mais exata, os meios de comunicação. Chegando hoje ao trabalho, pergunto a minha chefe:
-Alguma novidade? Já havia percebido a cara de desalento dela. Então ela diz: -Deu a maior zebra aqui!

Explico:


Um dos nossos clientes foi entrevistado a respeito das suspeitas de três casos da Gripe A no local. Tratava-se apenas de suspeitas. No jornal do meio-dia, eis que uma das âncoras afirma em alto e bom tom: "Um dos maiores colégios da Ilha têm confirmados três casos da Gripe A".


Pronto: Barraco armado. Balbúrdia feita.... o alvoroço foi geral.


Telefone da assessoria não parou de tocar, pais em cólicas foram ao colégio em busca de satisfações, e por aí foi.
Na redação, prometeram retificação da informação equivocada. Agora que o estrago foi feito? Não adianta muita coisa, né? Isso me lembra, não em proporções, mas em termos só de semelhanças, o caso da Escola Base...

Alguém ainda duvida que a imprensa é o terceiro poder? Ou seria o primeiro? Constrói e destrói.


Tatiane.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O contador de histórias esqueceu de uma

O maior contador de histórias de todos os tempos, esqueceu de contar um dos seus maiores trunfos. Não contou um, em questão, no filme dedicado a ele "O Contador de Histórias". Também pudera, é até compreensível.

Calma, eu chego lá...

Ontem, assistindo ao Programa do Jô Soares, numa entrevista com o diretor do filme, Luiz Villaça, e alguns integrantes do elenco, três fatos me chamaram a atenção para esse que seria mais um filme pra entupir estantes de locadoras. Primeiro: Contar a história num filme de um ser humano comum. Não foi mais um filme do Zezé de Camargo e Luciano ou do presidente Lula, mas de um Roberto Carlos, que não é o rei. E segundo: os atores. A lógico do português que me desculpe, só que precisarei iniciar um novo paragráfo, vou me estender.

Posso começar. Novo paragráfo. Os atores do filme não são atores conhecidos. Aliás nem atores são. Durante a entrevista eles se atrapalham nas palavras e o menorzinho deles fica visivelmente envergonhado quando o microfone se desloca até ele. Não desgruda do colo do diretor por um só instante. Eles foram garimpados na própria Belo Horizonte, na periferia para ser mais exata.
Por que não escolher um Lazáro Ramos? Eles queriam veracidade extrema no filme. Uma realidade cheia de convicção, que talvez Lazáro Ramos, em meio a todo seu talento, não conseguisse oferecer.

Uma cena do filme, que ainda não estreiou, foi rodada no programa. Ela mostra por A mais B essa gana pela realidade cada vez mais 'nua e crua' nos filmes. O ator Paulo Henrique, que interpreta Roberto Carlos aos 13 anos de idade, nunca teve a oportunidade de conhecer o mar (isso na vida real mesmo, tá?). Nessa cena do filme, a psicóloga leva o garota para conhecer o mar. E para não perder aquela espontaneidade de quem vê algo pela primeira vez, a produção simplesmente tapa os olhos do rapaz, coloca ele na praia, tira a fenda e grita "gravandoo!".

Terceiro e último: Roberto Carlos teve sua história contada ainda vivo! Não é preciso falar muito quanto a isso. É aquela velha história: só se dá valor quando se perde. No meio cultural não é muito diferente.

Você quer saber qual a história desse homem que não foi contada no filme? Foi um olhar meu. Talvez sem importância para alguns. Esse cara, o Roberto Carlos, conseguiu, simples e puramente vivendo, que sua história deixasse marcas, pegadas. Simplesmente vivendo, da maneira que soube, no melhor que podia, com um centésimo de sorte também, mudou seu rumo. E fez com aqueles três atores negros que vivem na periferia de BH tivessem uma chance. Eles querem ser atores. Antes, sequer pensavam nisso. O menorzinho respondeu, quando indagado pelo Jô que queria ser ator. O outro, maior e mais falante, já cantou um pedido de pleitear uma bolsa numa escola de teatro, na esperança que algum ouvido caridoso estivesse escutando. Eles estão com esperança. Cabe a eles agora, aquele centésimo de sorte que Roberto Carlos teve.


O filme ainda não estreiou nos cinemas, por enquanto, veja o trailler:





Tatiane.