terça-feira, 31 de março de 2009

Jornalista, só com diploma!


Amanhã, 31.03.09, corre no Supremo Tribunal Federal a votação que decidirá os caminhos de uma sociedade, ainda, democrática (?). Se o pior acontecer, qualquer um poderá ser jornalista, ou seja, os interesses pessoais e de organizações estarão à solta na mídia, e o pior, eles serão formadores de opinião sem nenhuma base, critério ou ética jornalística. Trocando em miúdos, teremos informações podres, tendenciosas, apenas de interesses particulares e não do povo. Amanhã, trata-se de um dia importante para o povo brasileiro. Atenção!


Tatiane.

domingo, 29 de março de 2009

Perto para pensar e bem longe para matar


Se é feitiço essa paixão, agora é tarde, eu já me entreguei completamente e não quero que ninguém a desfaça. As sensações são as mais divinas e supremas possíveis. Não sei traduzir ao certo quão boas elas são, pois as palavras vêm avulsas, soltas e desconexas. Prazer, estímulo, vontade de sonhar mais alto e alçar novos vôos. Não sei, é bom de lembrar, é bom de pensar. Sua pele não está junto à minha, mas a alma está inerte, viciada, e não há quem desgrude. É droga. Êxtase. Tudo na veia. A poesia brota incandescente só de lembrar.
E quem disse que acaba? É vulcão em erupção. Basta sentir o cheiro da pele, escutar o som de alguém chamando o dito nome para o sentimento, agarrado às lembranças, entrar em ebulição. Nossa! É uma doença que eu quero sempre e sempre! Vem pra mim e não crie expectativas. O que estará à sua espera será um recanto de paixão, beijos sem fim, cheiro de pele entorpecedor e o requisito único, é que não vá embora. Fique! É para teres tempo de andar de mãos dadas comigo e viajar pelos lugares mais lindos, ouvir uma musica envolvente imersos no lençol e dizer palavras de prazer sem compromisso regadas a um vinho tinto. Depois? É escolha sua voltar. O sentimento é único. Não existe explicação para sensações assim, apenas existe e não quer de jeito nenhum morrer. A não ser que você a mate...

Tatiane.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Eu x Eu

Brigo, me enrolo, mas não desisto. Sei muito bem meus limites, conheço minhas qualidades. Desculpe-me e não me interprete mal, não quero ofender ninguém, só que às vezes peco tentando acertar. Vencer meu maior inimigo todos os dias é minha meta. E sabe quem é ele? Eu mesma, meu caro. Me divido, fico confusa, falo e escrevo o que não devo, mas sou do bem, acredite! Quero apenas o meu lugar ao Sol, fazer o que gosto, e assim poder fazer pelos outros. Me preocupo todos os dias em querer ser o melhor pra mim, ser melhor pro mundo, mesmo sendo lenta minha evolução. Sempre começo, aí acho que o outro caminho é melhor, volto atrás, continuo o serviço, tento os dois. Tento. Acredite, é assim que sou o melhor. Pelo menos hoje, sou eu, sem medo.


Tatiane.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A vida deveria terminar com um orgasmo!

Ando querendo assistir o filme abaixo, que de curioso tem até o nome! Por coincidência encontrei essa mensagem pela Web. Tem muito a ver! Vale a pena...


"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?" (Chaplin)












Trailler...







Tatiane.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O tempo escorre pelas mãos

(13:05) - Que vontade louca de te encontrar, dizer que te-amo, sentir o coração bater desconpassado, tentar disfarçar e não conseguir. (13:06) - Eu aqui tentando ser alguém melhor, querendo matar à base de facão os meus medos. Que medo, se sei que o céu o limite? Droga! (13:08) - Que é isso que estou escrevendo, heim?! (13:09) - Acho melhor colocar uma poesia que li naqueles papéis que colocam em cima da bandeja de alimentação do shopping e que achei o máximo. (13:10) - Segue ela: "Este teu jeito de cão sem dono/Deixa-me no cio./Tento não pensar, mas quero desgustar este teu corpo./Contactar o além e visitar o diabo, tocar nas estrelas e cultuar estes teus braços./Oh! Meu Deus, quero ser tua dona,/ Tirar-te dessa coleira e acorrentar-te,/Para sempre no meu coração. (Mery Speck Thiesen). (13:14) Atrevida essa Mery, né? Por isso adorei o que ela escreveu, acho que me identifiquei. (13:15) Queria que nem ela acorrentar alguém algora. Quem será que ela queria amarrar? Quem eu quero amarrar?(13:16) Que medo! O tempo está me chamando! Preciso ser o que querem que eu seja. Uma vencedora... (13:17) Querem que eu seja feliz, linda, tenha um namorado lindo e normal. (13:18) - Pior que eu também quero. Quero o que eles querem (13:19) O que eu quero? Ser feliz. Sou. (13:20) O tempo berrou comigo, vou lá fazer o que precisa ser feito. (13:21) (....) tic,tac,tic,tac(....)


Tatiane.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Abraão foi pequeno para ele - Tatiane Silva

Amigo de Ori, Jorge, Aldírio Simões, Ori Bernardo e poeta Zininho na Mercearia do Ori.


O jornalista Aldírio Simões (in memoriam) tinha razão quando, há tempos atrás, num perfil que traçou do amigo, Ori Bernardo, escreveu que Deus deveria ter se arrependido ao criá-lo e por isso se apressou em jogar a forma fora, para garantir de que aqui na Terra não haveria outra figura igual a ele. Um Ori, como relatou, já era o suficiente. Sorte a de Aldírio! Teve à sua disposição uma inesgotável fonte de inspiração para as crônicas que publicava na sua coluna, no tradicional jornal do estado, o AN Capital.
Ori Bernardo não foi apenas personagem das crônicas de Aldírio. O “Bernadão”, como o jornalista e os amigos gostavam de chamá-lo, protagonizou epopéias hilariantes por Florianópolis e região, dignas de um dia se transformarem em filme dos gêneros comédia e suspense.


A história da vida deste manezinho, que inclusive já recebeu uma comenda lhe garantindo o direito de ser reconhecido como um dos mais autênticos “Manezinhos da Ilha” gira em torno da mercearia que montou, em 1973, aos 24 anos de idade, e até hoje é palco de encontros entre amigos. Ori, desde que faleceu, em novembro de 2006, parece continuar lá de cima, tomando conta do legado deixado aos filhos, Odorico e Alex. O bar/mercearia encontra-se do mesmo jeito. O clima ali é de amizade. Os amigos religiosamente continuam freqüentando o local e parecem ainda sentir Ori por perto. Bebem a cerveja gelada, brincam e relembram as histórias inusitadas.


A rua João Meirelles, no bairro Abraão, com certeza não seria a mesma se não fosse o estabelecimento ali fixado, e muito menos, se não fosse Ori o dono. Foi exatamente na mercearia que conheceu a esposa, Dona Carina, e se inspirou para desbravar boa parte de suas trapalhadas. Os párocos da igreja da região que o digam. Há tempos os vizinhos andavam atrás do sujeito que em plena madrugada badalava o sino e tirava o sono de todos. Fizeram plantão no local, até Dona Cota flagrar Ori pendurado na corda do sino. De “cara cheia” o autor do sacrilégio havia acabado de retornar da “farra”. Mas a história não parou por aí. O vigário se apressou em tomar algumas medidas para resolver o impasse com o até então, “festeiro da padroeira”. Diminuiu a corda do sino, assim, Ori não teria mais como puxá-la, e tirou-lhe o título de “festeiro”. Não demorou muito para o padre voltar atrás na sua decisão. No ano seguinte não conseguiu encontrar ninguém na vizinhança disponível a tomar o posto deixado por “Bernadão”. Com o rabo entre as pernas teve que engolir o sermão feito ao pecador na missa dominical e lhe implorar para que voltasse ao posto de “festeiro”. O pedido foi aceito, mas algumas condições foram impostas. Deixar Ori novamente continuar tocando o sino. O acordo foi celebrado no boteco, com direito a padre embriagado e tudo.


Boêmio incorrigível e apreciador de qualquer líquido elaborado a partir do álcool, Ori preferiu não ouvir o conselho do antigo proprietário do bar, que lhe disse para não vender bebidas no balcão. Ele fez exatamente ao contrário. Comercializou todos os tipos de bebidas e assim prosperou alheio a tudo que o ex-dono havia lhe dito. Foi ali, com os amigos, entre os mais conhecidos o Oswaldo, parceiro das infindáveis peripécias, o poeta Zininho e Aldírio Simões, que tomou vários “porres” e partiu para suas incursões rumo à farra na “Fronteira do México” - região da periferia de Palhoça, carinhosamente apelidada por ele. Não deve ter sido em vão tal apelido. Ori parecia, sim, um verdadeiro mexicano, com sangue latino pulsando. Tinha o semblante típico de um, bem retratado pelos cabelos ondulados, o “cabeludo” e extenso bigode, e pelas camisas sempre estampadas e coloridas que costumava vestir, decoradas com as alegóricas correntes de contas penduradas no pescoço, e que hoje servem de amuleto para proteger o carro de um dos filhos.


Que igreja nenhuma tente convencer a viúva dona Carina de comprar seu pedaço no céu, porque este, ela sabe que tem, e garantido. Inúmeras vezes era ela quem tomava conta da mercearia, quando em plena sexta-feira, às 19h da noite, Ori resolvia fechar o boteco para festar com os amigos, e também quando ficava até quatro dias fora de casa sem dar notícias, deixando a esposa em cólicas de preocupação.
Pessoa que não possuía papas na língua, Ori costumava causar espanto nos desavisados sobre o seu linguajar escrachado. A nora Josiane, foi uma de suas vítimas. Ela conta que quando foi apresentada ao sogro, ele fora ríspido e lhe jogara um olhar atravessado. “Pensei: ele não foi com a minha cara”, lembra aos risos. A certa altura, ele precisou chamar a nora, mas esqueceu-se do nome e interrompeu a frase que pronunciava. A procura de algo que substituisse o nome da moça, ele disparou: “O cabeça de caralho...”.
O guerreiro São Jorge teve em Ori um devoto insano, mas fiel. As provas dessa fé são encontradas até hoje, mesmo depois de sua morte em alguns cantos da mercearia. Um quadro grande e um altar com a imagem de São Jorge possuem um espaço cativo em meio aos artigos alimentícios do local. A corrente com a imagem do santo que Ori costuma usar no pescoço, hoje serve de “amuleto da sorte” para os filhos.
Certa vez, quando o guerreiro se distraiu dos cuidados com o súdito, teve que acertar os ponteiros com ele. Quando o dono chegou ao seu estabelecimento, percebeu que havia sido assaltado. Foi direto tirar satisfação com São Jorge de chicote na mão: – O que tu fazes aqui seu filho #%$&*! que não cuida da venda. Te dou do bom e do melhor e me dás um prejuízo desses.

Com a saúde debilitada e problemas cardíacos Ori foi obrigado a entrar na linha. Seis anos antes do seu falecimento parou de beber por recomendações médicas. E engana-se quem pensa que, apesar de sua vida cheia de ‘estripulias’, não conseguiria viver sem o ‘gorózinho’. Ele foi fiel ao pedido do médico e virou um abstêmio. Essa foi somente uma pequena demonstração do amor que Ori tinha pela vida. Sua fome de viver fez, não somente, largar a bebida, mas seguir uma rígida dieta alimentar. Com uma existência cheia de aversão às regras, Ori mostrou-se um paciente regrado até seus últimos dias.


No dia 26 de novembro de 2006, o bairro Abraão amanheceu de luto. Com certeza o pássaro não cantou, São Jorge não ergueu sua espada e o sino da igreja não tocou. Ori perdeu a vida num acidente na BR-101. Na terra, lamento e saudade. No céu, festa, é claro! Ori, simplesmente não passou pela vida, como muitos. Viveu ela. Teve sede dela. Deixou histórias para contar, e muitas, diga-se de passagem. Não teve medo de estar aqui e viveu a mais homérica das histórias que um mortal poderia viver. Deixou um legado rico. Um bar tradicional na Ilha, família e amigos. Dois deles ao perceberem que uma reportagem em homenagem ao amigo estava sendo feita, aproximaram-se do balcão. “Ori foi um dos melhores seres humanos que já conheci. Ele era muito parecido comigo”, disse Seu Sérgio. Já Seu Anacleto, mais animadinho, depois de uma cervejinha relembrou um momento vivido com o amigo: “Numa sexta-feira à noite fomos comprar uma pizza e só voltamos no sábado”, conta aos risos. Amigo fiel, ele não revela por nada o que andaram aprontando aquela noite.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sirva-se destas palavras...

Excelente este texto que recebi por e-mail. Já o tinha lido uma vez, há um tempo atrás, e agora, acabei esbarrando nele de novo . Então, como achei o texto de profunda sabedoria e importância resolvi dividi-lo com vocês. Quem o escreveu viveu experiências o suficiente para escrever essas lições com toda propriedade. Foi alguém que venceu na vida ( o que é vencer na vida? até hoje me pergunto isso.), e independente do que seja vencer na vida para cada um, ele é feliz. É feliz porque tem otimismo e não vê o lado negativo, é sonhador. Não tem medo de voar e cair...Bom, vou parar de escrever e vou deixar vocês lerem e tirarem suas próprias conclusões.

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Por Nizan Guanaes, que foi o paraninfo da turma. Olhe só o que este publicitário escreveu! Deve ser por isso que é um dos melhores redatores do mundo e dono da DM9 (aquela que criou os bichinhos da Parmalat).

"Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja aqui vão alguns, que julgo valiosos. Meu primeiro conselho: Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham, porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: - 'Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo. ' E ela respondeu: - 'Eu também não faço, meu filho. ' Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chegam a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: 'Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito'. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: Seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito, ou seja, é preferível o erro à omissão, o fracasso ao tédio, o escândalo ao vazio . Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido, tendo consciência de que cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar, sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: 'eu não disse!', 'eu sabia!'. Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo : trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio (que é a morada do demônio) e constrói prodígios. O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito o que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses, que trabalham de sol a sol, construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta.. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo (que é mesmo o senhor da razão) vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso..."

terça-feira, 3 de março de 2009

Ex-técnico do Figueirense sai para beber com um amigo

Antes de começar o texto já vou me explicando: sou leiga quando o assunto é futebol. Aliás, até ontem eu nem sabia quem era o tal do Pintado, ex-técnico do Figueirense, até colocar os meus pézinhos dentro do Quiosque da Brahma, no Shopping Itaguaçu, à noite.

Entrei no bar, som ao vivo rolando, muitas mesas vazias e alguns gatos pingados bebericando seus chopes embalado pela música do local. Na mesa ao lado da minha dois homens bebiam e conversavam. Um bem alegre, outro mais quieto. Até que a pessoa que estava comigo, torcedor do Figueirense, comentou: "As pessoas são demitidas e vêm para o boteco beber...". Oras bolas, não entendi o comentário e pedi para que me exclarecesse. Foi quando me explicou bem baixinho, quase ao pé-do- ouvido, que o cara ao lado era o Pintado e que havia sido demitido nesse mesmo dia. Na minha santa ingenuidade, perguntei o porquê dele ter sido despedido, e novamente, com a maior paciência me disse: "Pô, Tati, depois da vergonha de ontem, né!. 4X2 para o Joinville". Ah, tá, dúvida sanada! Passei a discretamente prestar atenção na mesa. Não tinha como não, eles estavam a menos de um metro de distância, e seu amigo, com o teor alcoólico já 'elevadinho' insistia em falar alto.

Amigo bem brincalhão e falante, a certa altura do campeonato puxou assunto com a garçonete que sempre vinha atendê-los e ficou alguns minutos conversando e rindo com ela. Já Pintado, foi no clima do companheiro e também trocou algumas idéias com a garota. Subitamente o "amigo" levantou-se e convidou a garçonete para dançar. Ela, como que soubesse que iria fazer algo de errado, olhou para os lados, olhou para ele, deu uma risadinha para e não dançou. Voltou ao trabalho.

Pediram mais dois chopes Calderetas, de 350ml, e a ficha de Pintado caiu no chão. Não resisti, espichei o olhar feito uma lente objetiva, e pelo que consegui ver, nas minhas contas, em média, 30 copos de chopes já haviam sido consumidos. Confirmei minha constatação duas vezes: uma ao ouvir a voz, já embargadas, das duas figuras, e também pelos olhinhos de peixe morto deles, e quando ao celular, Pintado disse a alguém, "já bebemos mais de quarenta chopes".

Lá pelas tantas, o amigo "empolgado" de Pintado levantou-se e não mais voltou. O ex-técnico, diferente do amigo e visivelmente desempolgado, verificava um dos celularares - haviam três na mesa -chegou a falar com alguém ao telefone. Se passaram uns 15minutos pediu mais uma Caldereta à atendente. Chegado o pedido, bebeu somente a metade do copo, levantou-se, foi ao caixa, pagou o restante da conta de R$105,00 que foi "rachado" com o amigo. Foi embora.

Pintado, como qualquer outro mortal, depois de um dia avassalador, fez como a maioria faz: foi ao bar beber para esquecer. E eu, estava ao lado para conferir e registrar tudo aqui no meu blog.


Tatiane.