terça-feira, 12 de agosto de 2008

Deixa a vida me levar, Tatiane Silva.




Leva eu vida?

Me desculpa aí, Zeca ! Mas sou obrigada a discordar quando você canta “deixa a vida me levar, vida leva eu...” Admiro os enredos dos seus sambas. Eles sempre conseguem retratar momentos do cotidiano vividos por nós trabalhares do batente, cheios de histórias e emoções, mas que se recusa (eu pelo menos) a deixar que a vida seja conduzida pelos outros.

Se deixasse a vida me levar estaria simplesmente assinando embaixo e confirmado: sou um fantoche de palhaço! É, sim! Deixar a vida conduzir sua história é pecado, é errado. É aceitar que os outros escrevam a história da sua vida. É você quem deve escrevê-la. Você é protagonista.

Não deixa a vida te levar, não. Leve você a vida. Leve na moral, no peito. É bem melhor. Só você e mais ninguém quer o melhor pra si e isso já garantirá uma história perfeita e feliz.

Estamos entrando no quesito destino. Esse papo gera polêmicas. Já fui bombardeada quando disse que não acreditava em destino. Não acredito, repito. E é por isso que discordo do Zeca.

Assumo que acredito só um pouquinho nele, assim: o dia que nascemos está marcado, bem como o dia da morte, as pessoas importantes que passarão em nossas vidas. Mas o resto é tudo escolha. A vida não leva ninguém, você é que a leva.

Que decepção, né? Esse refrão do samba do nosso ilustre Zeca já não irá produzir os mesmo efeitos....

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