quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mais uma história boa de contar

 Ele quis se tornar o pipoqueiro da Praça
Com R$0,50 a pessoa pode sair comendo a pipoca feita por Nunes.
Perfil >> Ao perceber que não existia pipoca para vender no local, ele inovou e criou a pipoca de leite de moça com coco ralado e granulado 

Chama a atenção de quem passa pela Praça Nereu Ramos (Centro) o rádio tocando música no volume alto e, principalmente, chama a atenção o lugar de onde vem o barulho estridente: um carrinho de pipoca nas cores verde e lilás. Quem está por detrás do irreverente carrinho é Maurício Laudelino Nunes, 48, que há três anos decidiu deixar a profissão de montador de móveis, para se tornar o pipoqueiro da Praça de Biguaçu. “Quando vinha visitar a cidade ficava analisando a Praça. Vi que precisava de um pipoqueiro, então eu disse: vou mudar minha profissão”, lembra ele com um largo sorriso no rosto.

Chegada
Natural de Biguaçu, aos 14 anos de idade Nunes foi para Curitiba (PR). Lá trabalhou como montador de móveis, conheceu sua esposa e teve uma filha, a Marina, que hoje está com 18 anos. Ele conta que sua mulher e filha adoram a cidade, e todos os anos vinham para cá no final de ano passar a temporada. “Quando chegava à cidade, vinha para a praça e ficava sentando naquele banquinho (aponta para o banco que esta a esquerda) e pensava: engraçado, tem um sorveteiro aí, mas não tem um pipoqueiro. Em Curitiba toda praça tem um pipoqueiro”, conta. Orgulhoso da profissão que escolheu, Nunes deixa estampado em seu rosto o prazer que sente em preparar um saquinho quentinho de pipocas.

Receita de sucesso
Nunes não pensou duas vezes. Comprou um carrinho de pipoca, chamou a família e veio Biguaçu. Chegou aqui já com a ideia de que sua pipoca teria que ter um diferencial. Foi então que inventou a pipoca doce com leite moça, coco ralado e granulado. A receita criada por ele faz o maior sucesso entre a garotada que estuda no colégio próximo à praça. A pipoca, segundo Nunes, é “um excesso de gostosura”.
Mas não é só a doce que faz sucesso. A salgada também recebe temperos especiais, tudo para quem for comer a pipoca deliciar-se com sabores jamais experimentados.

Alegria da criançada
Nunes tem ponto fixo na Praça e raramente muda de local. Todos os dias, de segunda a sexta, está ali vestindo o jaleco branco e ouvindo a rádio enquanto prepara mais uma panela de pipocas fumegantes. A clientela, Nunes ainda está formando, mas garante que, quem come a primeira vez, costuma sempre voltar.
As crianças têm um agrado a mais. Além se lambuzarem com a pipoca e se divertirem com a simpatia a alegria do pipoqueiro, ganham de brinde um pirulito e uma bexiga. O preço dos saquinhos com a delícia também não fica por menos. Custa R$1 a pequena, R$1,50 a média e R$2 a grande.
O valor praticados pelo pipoqueiro é somente um detalhe. Apesar de viver da profissão, diz que não visa só o dinheiro. Com R$0,50 ou R$0,25 na carteira, a pessoa sairá do local comendo pipoca. “Eu estou na praça não é só para obter lucro, é para também fazer a alegria das crianças. Tem umas que para a mãe R$1 é muito, então eu achei que tinha que ter esse diferencial”, conta.

Serviço
Quem quiser contratar o pipoqueiro Nunes para eventos e festas de aniversário, é só ligar no telefone
(48) 9625-7868 ou procurá-lo na Praça Nereu Ramos (Centro), em Biguaçu.

Nota: O segredo do sucesso está no prazer em que você faz as coisas, e também, na forma como você encara a vida. Difícil, tranquila, injusta ou para quem saber viver?

Tatiane D. da Silva

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